quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não se deixe enganar, a mulher tinha coração. Um coração maior do que as pessoas suporiam. Havia muita coisa armazenada nele, em quilômetros de prateleiras altas e ocultas. Lembre-se de que ela foi a mulher com o instrumento preso ao corpo pelas alças, na longa noite enluarada. Foi a que alimentou um judeu, sem uma única pergunta, na primeira noite de um homem em Molching. E foi a que esticou o braço, bem no fundo de um colchão, para entregar um caderno de desenho a uma adolescente. (A menina que Roubava Livros)

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